Filipinas – Capítulo Provincial
Capítulo Provincial: 2-6 de julho de 2021
Novo Conselho Provincial:
Pe. Manuel Medina, superiore provincial
Pe. Elmer Galiza, vigário provincial
Pe. Joseph Pilotin, conselheiro provincial
Desejamos ao novo Conselho a luz do Espírito Santo em seu serviço à Província.
Vou dizê-lo de outro modo...
Julho 2021
Anunciar o Cristo com liberdade e em meio das diversidades
Se há um texto que expressa por excelência o espírito missionário do ponto de vista do Novo Testamento, este texto é a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 9, versículos 19-23, onde Paulo escreve: “Embora livre de sujeição de qualquer pessoa, eu me fiz servo de todos para ganhar o maior número possível. Para os judeus fiz-me judeu, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da Lei, fiz-me como se eu estivesse debaixo da Lei, embora eu não esteja, a fim de ganhar aqueles que estão debaixo da Lei. Para os que não têm Lei, fiz-me como se eu não tivesse Lei, ainda que eu não esteja isento da Lei de Deus – porquanto estou sob a Lei de Cristo –, a fim de ganhar os que não têm Lei. Fiz-me fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos. E tudo isso faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante”.
Nesta passagem, Paulo dá à sua obra de evangelização um claro caráter católico (universal). Nesses versículos, Paulo também revela três elementos importantes que apoiam essa abordagem universalista de seu ministério. Em primeiro lugar: a obra de evangelização de Paulo é universal porque o evangelizador é livre, como afirma a primeira parte do versículo 19: “Embora livre de sujeição de qualquer pessoa, [...]”. Segundo: a obra de evangelização de Paulo não tem “fronteiras” porque o evangelizador encontra a sua motivação no Evangelho: “E tudo isso eu faço por causa do Evangelho [...]” (v. 23). Em terceiro lugar, a obra de evangelização de Paulo é universal porque o evangelizador tem um único propósito ou objetivo, isto é, “[...] a fim de salvar a todos” (v. 22). Estes três elementos explicam tanto o “porquê” como o “como” Paulo soube fazer-se “[...] todos por todos [...]”. É por isso que, por exemplo, durante a sua estada em Atenas, Paulo disputava na sinagoga “[...] com os judeus e prosélitos, e todos os dias, na praça, com os que ali se encontravam” (At 17,17) e também no Areópago (At 17,22). Essas poucas passagens são suficientes para mostrar a grande abordagem pastoral “católica” que inspirou e guiou o ministério e a obra de evangelização de Paulo. Parece que, para Paulo, não havia situações “adequadas” e “inadequadas”; ou pessoas “adequadas” e “inadequadas” para pregar a Boa-Nova. Cada situação e cada categoria de pessoas eram potencialmente a “situação certa” e as “pessoas certas” para anunciar o “[…] Evangelho de Jesus Cristo […]” (Mc 1,1).
Apesar do que possamos pensar, Paulo não foi o primeiro a encarnar e dar vida a essa forma de divulgar a Boa-Nova. Antes dele, Jesus de Nazaré fez o mesmo. Antes de Paulo, Aquele que era o “Apóstolo” do Pai, encarava a sua missão com a mesma atitude. Com efeito, durante o seu ministério público Jesus de Nazaré, movido por um “fogo ardente” tanto pelo Reino de Deus como pelas “coisas do Pai”, anunciou a Boa-Nova aos homens e às mulheres; tanto para os fariseus quanto para os saduceus; tanto para os ricos quanto para os pobres e marginalizados da época; tanto para os judeus piedosos quanto para os samaritanos e para os gentios. O ministério de Jesus não conheceu limites religiosos ou culturais, nem limites étnicos ou sociais. O seu envolvimento apaixonado na missão que o Pai lhe confiou tornou-O um Pregador, um Mestre e Redentor extremamente livre.
É interessante notar que podemos encontrar o mesmo espírito na Aparição de Nossa Senhora de La Salette. Na verdade, isso é sugerido, por exemplo, pelas roupas usadas pela Bela Senhora de La Salette quando apareceu aos dois pastorzinhos, Maximino e Melânia. As lembranças das duas crianças contam-nos que Maria, em La Salette, se vestia como as mulheres comuns da época na região da pequena aldeia de La Salette. O mesmo pode ser dito de quando Maria mudou do francês para o patoá, o dialeto falado pelas pessoas comuns daquela área geográfica na época.
Jesus de Nazaré, São Paulo e a Bela Senhora de La Salette: três exemplos estimulantes que nos convidam e inspiram a viver nos nossos ministérios, e para além das nossas preferências ou ideologias, a “catolicidade” da missão que a Mãe, através do Filho, confiou a cada um de nós.
A linguagem do amor
É por amor que Jesus tomou a nossa condição humana, se bem que este ato magnífico Lhe venha custar sofrimento extremo a ponto de vir a gritar “meu Deus, meu Deus porquê me abandonaste?”.
Vou dizer-vos doutra maneira toca muito bem na evangelização como missão primordial da Igreja, pois é ela a continuadora da ação salvadora de Cristo. A mensagem cristã encaixou de que maneira na linguagem de todos os povos a ponto de suplantar até as culturas! O mesmo é dizer que todas as culturas se deixam iluminar pela autoridade de Cristo como denominador comum: “não há outro nome debaixo dos céus pelo qual possamos ser salvos” a não ser o nome de Jesus.
O pontificado de João XXIII assume o ‘aggiornamento’ da Igreja dando continuidade ao movimento de renovação litúrgica, teológica, bíblica, pastoral e social, na busca de um novo posicionamento em sintonia com o grande desejo da Mãe de Deus de fazer com que a mensagem do seu Filho seja cada vez mais compreendida.
São João Paulo II, na sua encíclica, Redemptoris missio propôs, pela primeira vez, a expressão “nova evangelização”. Esta não nasce porque surgiu e foi instituído um novo Dicastério na Santa Sé, é sim uma provocação à Igreja a reconhecer a urgência e a necessidade da evangelização como missão própria da Igreja, que continua há dois mil anos, que deve encontrar, contudo, uma nova linguagem, ter novos estilos de vida, feitos também de profunda identidade, mas também de respeito. Portanto, o santo do nosso tempo pretendeu despertar-nos para uma nova linguagem no anúncio da fé de sempre, e é por nós consabido que Maria, não pretendendo mudar o rumo da Igreja de seu Filho, quer apenas recordar-nos o nosso dever de sempre que é, antes de mais, a nossa submissão a Deus. “Dizer doutra maneira”, não é mais senão explicitar a verdade permanente e eterna, isto é, o mistério de Jesus morto e ressuscitado, causa da nossa salvação.
“Dizer doutra maneira” é, como diz o cardeal Tagle, aceitar o desafio atual de discernir como podemos apresentar o Evangelho, que é sempre o mesmo, num mundo em transformação. No anúncio da Boa Nova da salvação deve ser implícita a linguagem que não tem fronteiras, a linguagem do amor cuja herança Jesus nos deixou no momento derradeiro da sua vida neste mundo: “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). O anúncio evangélico nos dias que correm, a linguagem melhor compreendida pela humanidade hodierna é a do amor qual amor maternal de Maria em lágrimas ao pé da cruz e em La Salette, não é a das grandes explicações teológicas.
É por amor que Jesus veio ao mundo; é por amor que Maria continua solícita para conosco e por amor que nós, missionários de La Salette, aceitamos o desafio da missão evangelizadora da Igreja.
La Salette - comunicação e sensibilidade que vai além da língua e da cultura
A história atribuiu à nossa Congregação o caráter missionário. Depois de 175 anos desde a aparição em La Salette, sabemos que nossa tarefa é evangelizar o mundo no espírito da Mensagem que nos foi entregue pela Bela Senhora. Isso implica a necessidade de nos abrirmos a outras línguas e culturas nas quais trabalhamos. Toda a Congregação é responsável por isso e não apenas as Províncias individuais, ancoradas em uma única cultura e língua.
Faz-nos refletir que Maria, falando com Melânia e Maximino, usa duas línguas. O francês é a língua oficial (França) que a tradição apelidou de Primeira Filha da Igreja. Nessa linguagem, Maria fez suas recomendações mais urgentes a respeito da Eucaristia e do respeito devido ao Seu Filho. Mas quando fala dos problemas ordinários da região de La Salette, passa a usar o dialeto que as crianças entendem. A perplexidade de Melânia obriga Maria a revisar o método de comunicação e torná-lo mais acessível. Desta forma, Maria conquista não só os mediadores da comunicação da Mensagem, mas também os ouvintes que à compreendem.
Devemos lembrar que muitas vezes, e não só hoje, em algumas situações é necessário “começar a falar de outra maneira”. Isso é reconciliação: a iniciativa está do lado de quem sabe que o outro tem algo contra ele. Sou eu que devo começar a falar de maneira diferente, mesmo que alguém me veja mal. Também Jesus fala da necessidade de uma mudança de atitude, e nas formas de comunicar: “Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta” (Mt 5,23-24). Se queremos nos reconciliar com nossos semelhantes, nada é mais útil do que mudar o tom, a modalidade de interação, mas antes de tudo mudar a narrativa, ou seja, de passar de uma narrativa acusatória e julgadora para outra que exprime o pedido de perdão e reconciliação. Esta é agora uma outra linguagem: a do amor e da misericórdia. E Deus fala essa mesma linguagem. Esta tarefa é difícil para nós, mas somos constantemente ajudados pelo amor e pela graça de Jesus, por isso é possível realizá-la.
Devemos assumir a atitude dos Apóstolos Paulo e Barnabé, dos quais os Atos dos Apóstolos dizem que em Listra, Icônio e Antioquia [hoje Turquia central] “Confirmavam as almas dos discípulos e exortavam-nos a perseverar na fé, dizendo que é necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações” (At 14,22). Uma curiosidade sobre aquela região: seus habitantes falavam seu próprio dialeto, o licaônico (cf. At 14,11).
E assim Maria, depois de ter comunicado aos pastorzinhos suas reflexões pessoais em dialeto, volta à língua francesa e diz: “transmiti isso a todo o meu povo”. Repete isso duas vezes, portanto nesta recomendação está contida também aquela frase a comunicar: “Não compreendeis, meus filhos? Vou dizê-lo de outro modo”. Devemos transmitir toda a Mensagem, com todos os elementos nela contidos. Aqui não se trata de uma simples alusão ou de um parêntese dado por Maria. Na verdade, a frase: “Vou dizê-lo de outro modo” é um exemplo do uso da linguagem que deriva não da experiência deste mundo, mas da experiência do Céu que é a nossa verdadeira pátria. La, só são válidas a intimidade do coração e a sensibilidade da mente no amor e na reconciliação, e as pessoas de todos os tempos e culturas esperam essa linguagem, porque sempre tiveram sede de amor e são tocadas por uma profunda crise de fé e de identidade.
Flavio Gillio MS
Eusébio Kangupe MS
Karol Porczak MS
Vou dizê-lo de outro modo...
Julho 2021
Anunciar o Cristo com liberdade e em meio das diversidades
Se há um texto que expressa por excelência o espírito missionário do ponto de vista do Novo Testamento, este texto é a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 9, versículos 19-23, onde Paulo escreve: “Embora livre de sujeição de qualquer pessoa, eu me fiz servo de todos para ganhar o maior número possível. Para os judeus fiz-me judeu, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da Lei, fiz-me como se eu estivesse debaixo da Lei, embora eu não esteja, a fim de ganhar aqueles que estão debaixo da Lei. Para os que não têm Lei, fiz-me como se eu não tivesse Lei, ainda que eu não esteja isento da Lei de Deus – porquanto estou sob a Lei de Cristo –, a fim de ganhar os que não têm Lei. Fiz-me fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos. E tudo isso faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante”.
Nesta passagem, Paulo dá à sua obra de evangelização um claro caráter católico (universal). Nesses versículos, Paulo também revela três elementos importantes que apoiam essa abordagem universalista de seu ministério. Em primeiro lugar: a obra de evangelização de Paulo é universal porque o evangelizador é livre, como afirma a primeira parte do versículo 19: “Embora livre de sujeição de qualquer pessoa, [...]”. Segundo: a obra de evangelização de Paulo não tem “fronteiras” porque o evangelizador encontra a sua motivação no Evangelho: “E tudo isso eu faço por causa do Evangelho [...]” (v. 23). Em terceiro lugar, a obra de evangelização de Paulo é universal porque o evangelizador tem um único propósito ou objetivo, isto é, “[...] a fim de salvar a todos” (v. 22). Estes três elementos explicam tanto o “porquê” como o “como” Paulo soube fazer-se “[...] todos por todos [...]”. É por isso que, por exemplo, durante a sua estada em Atenas, Paulo disputava na sinagoga “[...] com os judeus e prosélitos, e todos os dias, na praça, com os que ali se encontravam” (At 17,17) e também no Areópago (At 17,22). Essas poucas passagens são suficientes para mostrar a grande abordagem pastoral “católica” que inspirou e guiou o ministério e a obra de evangelização de Paulo. Parece que, para Paulo, não havia situações “adequadas” e “inadequadas”; ou pessoas “adequadas” e “inadequadas” para pregar a Boa-Nova. Cada situação e cada categoria de pessoas eram potencialmente a “situação certa” e as “pessoas certas” para anunciar o “[…] Evangelho de Jesus Cristo […]” (Mc 1,1).
Apesar do que possamos pensar, Paulo não foi o primeiro a encarnar e dar vida a essa forma de divulgar a Boa-Nova. Antes dele, Jesus de Nazaré fez o mesmo. Antes de Paulo, Aquele que era o “Apóstolo” do Pai, encarava a sua missão com a mesma atitude. Com efeito, durante o seu ministério público Jesus de Nazaré, movido por um “fogo ardente” tanto pelo Reino de Deus como pelas “coisas do Pai”, anunciou a Boa-Nova aos homens e às mulheres; tanto para os fariseus quanto para os saduceus; tanto para os ricos quanto para os pobres e marginalizados da época; tanto para os judeus piedosos quanto para os samaritanos e para os gentios. O ministério de Jesus não conheceu limites religiosos ou culturais, nem limites étnicos ou sociais. O seu envolvimento apaixonado na missão que o Pai lhe confiou tornou-O um Pregador, um Mestre e Redentor extremamente livre.
É interessante notar que podemos encontrar o mesmo espírito na Aparição de Nossa Senhora de La Salette. Na verdade, isso é sugerido, por exemplo, pelas roupas usadas pela Bela Senhora de La Salette quando apareceu aos dois pastorzinhos, Maximino e Melânia. As lembranças das duas crianças contam-nos que Maria, em La Salette, se vestia como as mulheres comuns da época na região da pequena aldeia de La Salette. O mesmo pode ser dito de quando Maria mudou do francês para o patoá, o dialeto falado pelas pessoas comuns daquela área geográfica na época.
Jesus de Nazaré, São Paulo e a Bela Senhora de La Salette: três exemplos estimulantes que nos convidam e inspiram a viver nos nossos ministérios, e para além das nossas preferências ou ideologias, a “catolicidade” da missão que a Mãe, através do Filho, confiou a cada um de nós.
A linguagem do amor
É por amor que Jesus tomou a nossa condição humana, se bem que este ato magnífico Lhe venha custar sofrimento extremo a ponto de vir a gritar “meu Deus, meu Deus porquê me abandonaste?”.
Vou dizer-vos doutra maneira toca muito bem na evangelização como missão primordial da Igreja, pois é ela a continuadora da ação salvadora de Cristo. A mensagem cristã encaixou de que maneira na linguagem de todos os povos a ponto de suplantar até as culturas! O mesmo é dizer que todas as culturas se deixam iluminar pela autoridade de Cristo como denominador comum: “não há outro nome debaixo dos céus pelo qual possamos ser salvos” a não ser o nome de Jesus.
O pontificado de João XXIII assume o ‘aggiornamento’ da Igreja dando continuidade ao movimento de renovação litúrgica, teológica, bíblica, pastoral e social, na busca de um novo posicionamento em sintonia com o grande desejo da Mãe de Deus de fazer com que a mensagem do seu Filho seja cada vez mais compreendida.
São João Paulo II, na sua encíclica, Redemptoris missio propôs, pela primeira vez, a expressão “nova evangelização”. Esta não nasce porque surgiu e foi instituído um novo Dicastério na Santa Sé, é sim uma provocação à Igreja a reconhecer a urgência e a necessidade da evangelização como missão própria da Igreja, que continua há dois mil anos, que deve encontrar, contudo, uma nova linguagem, ter novos estilos de vida, feitos também de profunda identidade, mas também de respeito. Portanto, o santo do nosso tempo pretendeu despertar-nos para uma nova linguagem no anúncio da fé de sempre, e é por nós consabido que Maria, não pretendendo mudar o rumo da Igreja de seu Filho, quer apenas recordar-nos o nosso dever de sempre que é, antes de mais, a nossa submissão a Deus. “Dizer doutra maneira”, não é mais senão explicitar a verdade permanente e eterna, isto é, o mistério de Jesus morto e ressuscitado, causa da nossa salvação.
“Dizer doutra maneira” é, como diz o cardeal Tagle, aceitar o desafio atual de discernir como podemos apresentar o Evangelho, que é sempre o mesmo, num mundo em transformação. No anúncio da Boa Nova da salvação deve ser implícita a linguagem que não tem fronteiras, a linguagem do amor cuja herança Jesus nos deixou no momento derradeiro da sua vida neste mundo: “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). O anúncio evangélico nos dias que correm, a linguagem melhor compreendida pela humanidade hodierna é a do amor qual amor maternal de Maria em lágrimas ao pé da cruz e em La Salette, não é a das grandes explicações teológicas.
É por amor que Jesus veio ao mundo; é por amor que Maria continua solícita para conosco e por amor que nós, missionários de La Salette, aceitamos o desafio da missão evangelizadora da Igreja.
La Salette - comunicação e sensibilidade que vai além da língua e da cultura
A história atribuiu à nossa Congregação o caráter missionário. Depois de 175 anos desde a aparição em La Salette, sabemos que nossa tarefa é evangelizar o mundo no espírito da Mensagem que nos foi entregue pela Bela Senhora. Isso implica a necessidade de nos abrirmos a outras línguas e culturas nas quais trabalhamos. Toda a Congregação é responsável por isso e não apenas as Províncias individuais, ancoradas em uma única cultura e língua.
Faz-nos refletir que Maria, falando com Melânia e Maximino, usa duas línguas. O francês é a língua oficial (França) que a tradição apelidou de Primeira Filha da Igreja. Nessa linguagem, Maria fez suas recomendações mais urgentes a respeito da Eucaristia e do respeito devido ao Seu Filho. Mas quando fala dos problemas ordinários da região de La Salette, passa a usar o dialeto que as crianças entendem. A perplexidade de Melânia obriga Maria a revisar o método de comunicação e torná-lo mais acessível. Desta forma, Maria conquista não só os mediadores da comunicação da Mensagem, mas também os ouvintes que à compreendem.
Devemos lembrar que muitas vezes, e não só hoje, em algumas situações é necessário “começar a falar de outra maneira”. Isso é reconciliação: a iniciativa está do lado de quem sabe que o outro tem algo contra ele. Sou eu que devo começar a falar de maneira diferente, mesmo que alguém me veja mal. Também Jesus fala da necessidade de uma mudança de atitude, e nas formas de comunicar: “Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta” (Mt 5,23-24). Se queremos nos reconciliar com nossos semelhantes, nada é mais útil do que mudar o tom, a modalidade de interação, mas antes de tudo mudar a narrativa, ou seja, de passar de uma narrativa acusatória e julgadora para outra que exprime o pedido de perdão e reconciliação. Esta é agora uma outra linguagem: a do amor e da misericórdia. E Deus fala essa mesma linguagem. Esta tarefa é difícil para nós, mas somos constantemente ajudados pelo amor e pela graça de Jesus, por isso é possível realizá-la.
Devemos assumir a atitude dos Apóstolos Paulo e Barnabé, dos quais os Atos dos Apóstolos dizem que em Listra, Icônio e Antioquia [hoje Turquia central] “Confirmavam as almas dos discípulos e exortavam-nos a perseverar na fé, dizendo que é necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações” (At 14,22). Uma curiosidade sobre aquela região: seus habitantes falavam seu próprio dialeto, o licaônico (cf. At 14,11).
E assim Maria, depois de ter comunicado aos pastorzinhos suas reflexões pessoais em dialeto, volta à língua francesa e diz: “transmiti isso a todo o meu povo”. Repete isso duas vezes, portanto nesta recomendação está contida também aquela frase a comunicar: “Não compreendeis, meus filhos? Vou dizê-lo de outro modo”. Devemos transmitir toda a Mensagem, com todos os elementos nela contidos. Aqui não se trata de uma simples alusão ou de um parêntese dado por Maria. Na verdade, a frase: “Vou dizê-lo de outro modo” é um exemplo do uso da linguagem que deriva não da experiência deste mundo, mas da experiência do Céu que é a nossa verdadeira pátria. La, só são válidas a intimidade do coração e a sensibilidade da mente no amor e na reconciliação, e as pessoas de todos os tempos e culturas esperam essa linguagem, porque sempre tiveram sede de amor e são tocadas por uma profunda crise de fé e de identidade.
Flavio Gillio MS
Eusébio Kangupe MS
Karol Porczak MS
Signos, Señales y Portentos
(18vo Domingo Ordinario: Éxodo 16:2-15; Efesios 4:17-24; Juan 6:24-35)
En el ciclo trienal del Leccionario Dominical nos encontramos en el “año B”, en el que predomina el Evangelio de Marcos en los Domingos del Tiempo Ordinario. Pero siempre hay una pausa de cuatro semanas, durante las cuales la Iglesia presenta el “Discurso del Pan de Vida” del capítulo 6 del Evangelio de Juan.
Para hoy tenemos la introducción, un curioso intercambio entre Jesús y el pueblo que había sido alimentado con la multiplicación de los panes y peces. “Maestro, ¿cuándo llegaste?”—”Les aseguro que ustedes me buscan, no porque vieron signos, sino porque han comido pan hasta saciarse”.
Desde luego, ellos habían visto lo que él hizo, aun así, continuaron indagándole porque querían más – más de lo mismo. Pero ellos no habían visto la señal; habían pasado por alto el significado de aquel acontecimiento.
En la primera lectura, los israelitas en el desierto ansiaban las ollas de carne de Egipto, olvidando las señales y los portentos por los que habían sido rescatados de la esclavitud, y murmuraban, no tanto en contra de Moisés y de Aarón como en contra del Señor su Dios.
En La Salette, Nuestra Señora describe un comportamiento similar. Dos veces ella menciona al pueblo jurando y metiendo en medio el nombre de su Hijo.
Parece que persistía una nostalgia por el pasado entre los cristianos de Éfeso. San Pablo escribe, “es preciso renunciar a la vida que llevaban, despojándose del hombre viejo”. Al menos, ellos necesitaban aprender que una relación personal genuina con el Señor no era compatible con las costumbres de los gentiles, un mensaje que tiene resonancia en La Salette.
La Salette también tiene signos y portentos: La luz, las lágrimas, las rosas, las cadenas, y el crucifijo, el simple atuendo de campesina; y no nos olvidemos de la vertiente estacional que nunca ha cesado de fluir desde septiembre de 1846. También en su discurso, María hace una promesa maravillosa, bíblica en sus proporciones, de abundantes cosechas para aquellos que retornen a Dios.
¿Qué nos hace falta para tener una relación verdaderamente personal con el Señor, que no se base solamente en la obediencia o en nuestras necesidades? ¿Cómo podemos ser tabernáculos dignos de la gracia de Dios? Podemos comenzar viendo los signos de su presencia, y reconociendo las maravillas de su amor, como nos los da a conocer la Bella Señora.
Traducción: Hno. Moisés Rueda, M.S.
Jesús y las Necesidades Humanas
(17mo Domingo Ordinario: Jeremías 23:1-6; Efesios 2:13-18; Marcos 6:30-34)
Entre las muchas formas de sufrimiento humanos está aquella que el Evangelio de hoy pone ante nosotros. La inseguridad alimentaria. En este caso la situación era de corta duración. Jesús respondió a una necesidad específica en medio de una situación determinada.
Pero, como Jesús, nosotros también podemos preguntarnos cómo sería posible dar respuesta a las necesidades de tantos. Algunos de nosotros, como Felipe y Andrés, responderíamos que no se puede. Pero el evangelista nos dice, “Jesús sabía bien lo que iba a hacer”.
Algunos de ustedes que están leyendo esto han experimentado inseguridad alimentaria, tal vez combinada con ansiedad por falta de un lugar donde alojarse, falta de trabajo, etc. Muchos no. ¿En cuáles circunstancias es más activa la gracia de Dios?
En La Salette, María notó que la gente trabajaba los domingos todo el verano. Pero, con las papas, el trigo, las uvas y hasta las nueces, que mostraban señales de plaga, los agricultores estaban desesperados tratando de salvar lo que pudieron. Es difícil estar abierto a las realidades espirituales cuando las necesidades materiales abarcan toda nuestra atención.
Por otro lado, si estamos tan absortos con lo que poseemos que somos incapaces de responder a las necesidades de los demás, nos será igualmente difícil vivir en el Espíritu, crecer y trabajar y aprender en comunidad. La compasión y la empatía son dones. ¿Los ansiamos?
Jesús dio de comer a la multitud hambrienta porque vio su necesidad, y la vio porque quiso verla. María era consciente de la inseguridad alimentaria de su pueblo, y les ofreció esperanza, “si se convierten”. También la conversión es un don. ¿La deseamos?
San Pablo escribe, “los exhorto a comportarse de una manera digna de la vocación que han recibido”. Él se enfoca especialmente en la unidad: “un solo Cuerpo y un solo Espíritu”. ¿Cómo será esto posible si algunos miembros están pasando necesidad y otros no los ayudan?
¿Seríamos capaces de atrevernos a rezar por los dones de la conversión y la compasión en nuestras vidas, pedirle al Señor que nos haga como él, deseosos de reconocer las necesidades que nos rodean?
Al inicio del Evangelio leemos que Jesús “vio que una gran multitud acudía a él”. Con poco cubrió las necesidades de muchos. Cuando los cristianos responden a las necesidades de los demás, la meta es ayudarlos a venir a Cristo. Ese era el propósito de María en La Salette.
Traducción: Hno. Moisés Rueda, M.S.
El Descanso en el Señor
(16to Domingo Ordinario: Jeremías 23:1-6; Efesios 2:13-18; Marcos 6:30-34)
De nuevo es tiempo para detenernos y reflexionar las lecturas de hoy desde una perspectiva saletense.
Jeremías proclama la condenación de “los pastores que pierden y dispersan el rebaño de mi pastizal”. Pero, ¿acaso el rebaño no carga también con la responsabilidad? Las ovejas reales no tienen la culpa de ser ovejas, pero cuando se trata de seres humanos, la figura sólo puede abarcar hasta cierto punto. Nosotros tenemos una conciencia.
En su capítulo sobre La Dignidad de la Persona Humana, el Catecismo de la Iglesia Católica incluye una sección sobre la conciencia. Comienza con una cita del Vaticano II: “El hombre tiene una ley inscrita por Dios en su corazón [...]. La conciencia es el núcleo más secreto y el sagrario del hombre, en el que está solo con Dios, cuya voz resuena en lo más íntimo de ella”.
Luego presenta la enseñanza de la Iglesia bajo cuatro encabezados. Uno es, La formación de la conciencia. La premisa subyacente es la fe, tal como hoy el Salmista la expresa en el Señor, su Pastor.
En tiempos de la Revolución Francesa, la filosofía de la separación entre la Iglesia y el Estado, bastante lógica en sí misma, desembocó en un serio anticlericalismo. Desde entonces, es posible celebrar en Francia un “bautismo civil” para un recién nacido, el cual es puesto “bajo la protección de las instituciones laicas de la República”.
Tal actitud se dio debido al descuido del pueblo por la Eucaristía, y por la práctica religiosa en general, de la cual María se quejó en la Salette. Su pueblo había perdido el rumbo.
Jeremías es el portavoz de la promesa de Dios: “Yo mismo reuniré el resto de mis ovejas”. La Bella Señora les ofrece esperanza a aquellos que volverán a su Hijo.
Hoy hay muchos “pastores” compitiendo por la confianza del rebaño. La lista incluye a científicos, gobiernos, psicólogos, presentadores de noticias, etc. Algunos son abiertamente hostiles a la religión. ¿Cómo vamos a lidiar con todo esto?
El Evangelio de hoy ofrece una pista. Jesús les dice a los Apóstoles después de su periplo misionero, “Vengan ustedes solos a un lugar desierto, para descansar un poco”. Aquello no sucedió, pero el principio es certero. Necesitamos alejarnos algunas veces de las distracciones, para descansar en el Señor que refresca nuestras almas, y para rezar bien.
Traducción: Hno. Moisés Rueda, M.S.
Lo que Fuimos… Lo que Somos
(15to Domingo Ordinario: Amós 7:12-15; Efesios 1:3-14; Marcos 6:7-13)
La conexión saletense con la primera lectura de hoy es obvia. Amós dice, “Yo no soy profeta... sino pastor y cultivador de sicómoros; pero el Señor me sacó de detrás del rebaño y me dijo: Ve a profetizar a mi pueblo Israel”.
La Santísima Virgen habló con los dos niños quienes ciertamente no eran profetas. Los abordó mientras andaban arreando sus vacas, y les dijo, “Lo harán conocer a todo mi pueblo”.
Los Apóstoles, enviados como misioneros por el mismo Jesús en el Evangelio de hoy, podrían decir algo parecido: Yo era solamente un pescador, un cobrador de impuestos, un activista. El Señor me apartó de todo aquello, él cambió mi vida completamente. Más tarde, Pablo, que no era uno de los primeros doce, no dudó en decirles a los demás que él era un perseguidor de la Iglesia hasta que se encontró con Jesús.
Ponte en las sandalias de aquellos hombres. ¿Qué cosa fuiste? ¿Qué eres ahora? Todos, por supuesto, hemos tenido la experiencia de acontecimientos que nos cambiaron la vida. Algunos, como la fe, son fundamentales.
Aun para aquellos que han sido católicos practicantes toda su vida, llega un momento en el que la oración, los sacramentos, la Escritura, etc., toman de repente un nuevo e importante significado personal, adquirieron el valor que nunca antes tuvieron. Eso se llama conversión.
Puede darse gradualmente, pero en La Salette, tiende a ser más repentinamente. Muchos turistas de paso y desprevenidos, regresan luego como peregrinos. Es el confesionario donde la mayoría de los milagros de La Salette tienen lugar.
En la segunda lectura, Pablo nos lo recuerda dos veces, que somos elegidos por Dios. Sin embargo, en ambos casos, el añade. “en él” queriendo decir, en Cristo. Como saletenses podemos sentirnos tentados a pensar que hemos sido elegidos “en María”, pero eso sería incorrecto. El corazón mismo de la Aparición de La Bella Señora es Jesús, cuya imagen crucificada ella lleva cerca de su corazón.
Si creemos de verdad, y tenemos nuestra fe debidamente enraizada en Cristo, entonces podremos dar gloria a Dios cuando nos convoque y nos envíe a profetizar, a proclamar, a hacer conocer un mensaje. Puede que hayamos sido otra cosa, pero ahora al convertirnos y reconciliarnos con Dios por medio de su Hijo, podemos en confianza centrar nuestra atención en la misión, lo que sea, donde sea que nos toque llevarla a cabo.
Traducción: Hno. Moisés Rueda, M.S.
Capítulo Provincial - Polônia
Em 22 de junho de 2021, teve início no Santuário de Nossa Senhora da Salette, em Dębowiec, o Capítulo da Província B.V.M. Rainha da Polônia, que durará até o dia 3 de julho de 2021. O Capítulo está sendo presidido pelo Superior Geral, Pe. Silvano Marisa.
O tema do Capítulo são as palavras extraídas da fórmula dos votos religiosos da nossa Regra de vida: “Em resposta ao convite de N.S. da La Salette, Reconciliadora dos pecadores”.
Em 25 de junho, foi eleito o novo Conselho Provincial:
Pe. Grzegorz Zembroń, superiore provincial (no centro)
Pe. Jan Kijek, vigário provincial (para a esquerda)
Pe. Czesław Hałgas, conselheiro provincial (para a direita)
Desejamos ao novo Conselho a luz do Espírito Santo em seu serviço à Província.