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Reavivar el fuego

(Pentecostés: Hechos 2, 1-11; Gálatas 5, 16-25; Juan 15, 26-27; 16, 12-15)

Los discípulos estaban reunidos en la sala donde solían hacerlo habitualmente. Ahí oraron, y eligieron a Matías para reemplazar a Judas y, como les había dicho Jesús en su Ascensión, estaban esperando “la promesa del Padre”.

Entonces, en forma de viento y fuego, vino el Espíritu para llevarlos, por así decirlo, desde la sala donde se reunían hacia el mundo para predicar, “según el Espíritu les permitía expresarse”.

En la Aclamación del Evangelio de hoy oramos: “Ven, Espíritu Santo, llena los corazones de tus fieles y enciende en ellos el fuego de tu amor”; y en la Secuencia: “Suaviza nuestra dureza, elimina con tu calor nuestra frialdad, corrige nuestros desvíos”.

En la segunda lectura, San Pablo está tratando de ayudar a los Gálatas a comprender que sus disputas sectarias (entre otras cosas) no tienen nada que ver con los frutos del Espíritu. “Si vivimos animados por el Espíritu, dejémonos conducir también por Él”, escribe. En otras palabras, deja atrás todo aquello que no sea del Espíritu.

Cuando leemos estas palabras, podemos inclinarnos a sentirnos culpables por los cargos. Si es así, ¿qué nos retiene? En La Salette, María vino a reavivar el fuego del amor de Dios en su pueblo. Con un mensaje deliberadamente inquietante, quiso sacarlos de su complacencia, para que respondan a su vocación cristiana, como el Espíritu les permitía.

El desafío de Pentecostés es siempre reavivar nuestro corazón, pero no sólo para nosotros. El fuego está destinado a propagarse. Está inquieto; si permanece en un lugar, se extinguirá.

Así también con La Salette. Los visitantes de la Montaña Santa a menudo derraman lágrimas cuando tienen que irse. Pero La Salette es como la sala de reunión de Pentecostés. Lo que se experimenta allí no debe limitarse sólo a ese lugar.

La Bella Señora apareció envuelta en una luz, para llamar nuevamente nuestra atención y reconducirnos a su Hijo. Ella habló de manera que sea comprendida. Como saletenses, no nos basta con repetir sus palabras. Queremos escuchar verdaderamente a los demás, hablar su “idioma”; todavía necesitamos que el Espíritu Santo nos impulse al mundo para predicar, trabajar, vivir y mostrar nuestro amor por Dios, y así ayudarnos a traducir el mensaje de La Salette con nuestras palabras y acciones.

Traducción: P. Diego Diaz, M.S.

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segunda-feira, 03 maio 2021 14:54

A mensagem... sonho de Deus

A mensagem de La Salette coloca em evidência o sonho de Deus

Maio 2021

Sonhando com o Filho e com a Mãe

Então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra’. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher” (Gn 1,26-27). No início do livro do Gênesis e da História da Salvação, encontramos o “sonho de Deus” para a humanidade.

Encontramos uma dinâmica narrativa semelhante no início do ministério público de Jesus. Na sinagoga de Nazaré, Jesus compartilha com a presente assembleia outro sonho, aquele do seu ministério público, aplicando a si mesmo o que foi lido pelo Profeta Isaías (Lc 4,14-30).

Do ponto de vista narrativo, tanto Deus quanto Jesus são personagens guiados por “objetivos” e “propósitos”. Mas detenhamo-nos brevemente na figura de Jesus: desde os primeiros momentos do seu ministério público, Jesus é caracterizado como um homem de objetivos (metas-orientadas). O episódio de Nazaré, uma vez inserido no contexto da macro narrativa de São Lucas, funciona como um texto programático. Esta é a “Carta Magna Apostólica” de Jesus. Neste episódio, de fato, são delineados os objetivos do ministério de Jesus, expressos através do imaginário e linguagem profética. Assim abordado, o episódio de Nazaré permite-nos refletir sobre a importância de termos “metas” e “objetivos no Espírito”, tanto na nossa vida religiosa como na nossa vida apostólica.

Primeiro: estabelecer a si mesmo “metas e propósitos no Espírito” é uma responsabilidade espiritual (veja, por exemplo, Fl 3,12-15). Podemos viver “por padrão” ou projetar criativamente nosso caminho de vida seguindo os impulsos do Espírito. Podemos viver estabelecendo “metas” e “objetivos” para nós mesmos, ou deixar que as circunstâncias decidam por nós o que fazer. É a diferença entre viver e existir, entre viver simplesmente reagindo às circunstâncias ou viver traçando nosso caminho de seguimento de Jesus de Nazaré.

Segundo: “objetivos e intenções no Espírito” são afirmações de fé. Dizem o que é importante e relevante para nós e, ao mesmo tempo, testificam nossa experiência de Deus e também nossa confiança Nele. Frequentemente, grandes “metas” e “propósitos” traem uma fé profunda, enquanto pequenas “resoluções” ou “metas” podem aludir a uma fé instável e superficial (ver Ef 3,20-21). Frequentemente, a medida de nossa fé em Deus decide a medida de nossos sonhos, “metas” ou “propósitos”.

Terceiro: ter, tanto na vida religiosa como apostólica, “metas e intenções no Espírito” evita o risco de perder o foco e a direção. Eles evitam o risco de correr incertos batendo no ar em vão (veja 1Cor 9,26).

Quarto: “metas e intenções no Espírito” nos motivam a persistir e perseverar.

Quinto: “metas e intenções no Espírito” edificam e moldam nosso caráter cristão. À medida que corremos em direção aos nossos “objetivos” e “propósitos”, também colaboramos com o Espírito na construção de nosso caráter como discípulos de Jesus de Nazaré (ver Fl 3,12).

Agora, como o Filho, a Mãe também tem um sonho. Um sonho que se torna missão para nós. As palavras finais do discurso da Bela Senhora de La Salette a Maximino e Melânia revelam o seu sonho: “Transmiti isso a todo o meu povo”. Um sonho “em andamento”. O sonho dela. Nossa “meta ou objetivo no Espírito”.

Chamados a identificar-se com Deus

“Então Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra”. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher” (Gn 1,26-27).

Deus sonhou com o homem e o criou à sua imagem e semelhança. E também por ter desobedecido, o homem tenha perdido a amizade divina, o pecado não destruiu totalmente esta relação, pois Deus sonhou com a restauração do gênero humano e, por isso, enviou seu Filho (Jo 3,16). O plano de enviar o Filho foi precedido por grandes figuras testadas na fidelidade, como Noé, Abraão, Moisés, Davi. Com eles, e especialmente depois de Moisés, Ele sonha em ter todo um povo profético; ele sonha com o dia em que poderá purificar o homem, trocar seu coração de pedra por um de carne, infundi-lo com o Espírito Santo. O sonho se torna realidade em seu Filho Jesus Cristo que expiou nossos pecados por meio de seu sangue derramado na cruz. Desta vez, Cristo, nossa paz, deu a Deus a oportunidade de se aproximar Dele novamente. O sonho se realiza no dia de Pentecostes com o envio do Espírito Santo que criará intimidade, relacionamento e um corpo cujos membros são todos aqueles que aceitam o convite para entrar no Reino inaugurado por Cristo.

O sonho de Deus se identifica com a vontade de Deus que deseja que “todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,4). Portanto, todo homem deve se aproximar de Cristo “o caminho da verdade e da vida”.

“Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade”. Neste convite, o mensageiro é o porta-voz de seu Filho amado. Não traz uma mensagem nova, tem por objetivo orientar-nos a colocar em prática os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. É justamente para lá que a mensagem de La Salette nos leva, ao sonho de Deus, no sentido de que busca tirar o homem da lama do materialismo, do secularismo e da indiferença em que se encontra imerso.

“Se se converterem, as pedras e rochedos se transformarão em montões de trigo!” Convertei-vos e crede no Evangelho (Mc 1,15) foi o grande apelo que Jesus fez ao mundo, e em sua aparição em La Salette e em outros lugares, Maria continua a repetir a mesma mensagem. A conversão do homem é a garantia da sua santificação e o primeiro passo para a harmonia do nosso planeta. O estado mental do homem influencia o universo a se voltar para Deus ou se desviar de seu Criador. O que assistimos hoje com a pandemia Covid-19 pode-nos ajudar a rever nossa posição diante de Deus.

A maneira como os mundanos tentaram administrar a situação dispensando Deus, testemunha, de agora em diante, a perplexidade do homem em avaliar as coisas do alto. Um exemplo concreto são as restrições que os fiéis têm para realizar seus cultos nas igrejas em um momento em que, paradoxalmente, a abertura de supermercados e vários tipos de eventos não encontraram obstáculos. Nesta situação de mundanismo, convém censurar o nosso silêncio, que se confunde com um certo conformismo. Pelo contrário, Nossa Senhora afirma fortemente o primado do espiritual, submetendo-se a Deus.

Somos destinados ao paraíso

No seu discurso, Jesus recordou: «Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia» (Jo 6,39). Este é o plano de ação de Deus em todos os tempos. Chamados à existência, com a nossa colaboração na concepção da nova geração, somos para Deus como “a menina dos seus olhos”. Ele se preocupa para que todo homem concebido na terra compartilhe a vida na eternidade com o Deus Único e Trino. No momento da concepção, o homem recebe um dom extraordinário: a dignidade de um potencial habitante do Céu com Deus e com os demais seres humanos.

Maria é a representante daquela sociedade que agora já terminou sua peregrinação terrena. Ela conhece bem todo o desígnio de Deus e vem mostrar-nos onde a dignidade da pessoa humana destinada ao Céu está ameaçada. Com a sua Mensagem, ele quer despertar em nós o desejo do Céu e a importância do encontro com o Seu Filho na Eucaristia, além de nos sensibilizar para o respeito por Aquele que por amor se doou a si mesmo.

Melânia e Maximino eram adolescentes simples, mas a história que vivenciaram no encontro com a Bela Senhora nada tinha a ver com a mentira ou com a manipulação. Eles registraram tudo perfeitamente: o vestido próprio de uma camponesa não ocultou a majestade celestial de Nossa Senhora; sua maneira de falar era tão extraordinária que até mesmo a língua estrangeira e a longa conversa com ela ficaram indelevelmente marcadas na memória dos videntes, pois sua fala era fortemente marcada por uma origem além do mundo, e sua voz, apesar de sua aflição, suscitou confiança e compaixão nos dois. As lágrimas de Maria comoveram visivelmente Melânia e Maximino, e cada vez que eles contavam esse acontecimento, eles notavam esse fato, por sua vez, despertando profunda emoção nos ouvintes; o próprio desaparecimento de Maria suscitou nas testemunhas do encontro com Ela, uma reflexão sobre o fato de que não lhe haviam pedido que os levasse consigo; embora não soubessem quem era a Senhora, queriam ir aonde Ela fosse, porque a impressão que a sua presença suscitou foi tão bela e beatificante.

Triste, mas também grande e necessária, foi a novidade trazida a todos nós naquela tarde de 19 de setembro de 1846. A Rainha do Céu e da Terra vem para libertar em nós a consciência de que somos para Deus: de que somos Seus filhos. A única predestinação ligada ao simples fato de ser homem é a do céu. Não há outra predestinação nos planos de Deus. Se este plano não leva o homem ao Céu, é só por culpa dele - porque o próprio homem não o quer!

A Mãe de Deus e a Mãe dos homens, gerando o Homem mais distinto da terra, Jesus Cristo, nos lembra que em Seu Filho somos todos irmãos. Desfrutamos da mesma dignidade que o Filho de Deus, porque Deus decidiu nos adaptar como Seus filhos de Sua divina eleição.

Embora Maria nos mostre antes nossas omissões em seguir o plano de Deus, quando refletimos sobre Sua Mensagem, surge em nós o desejo de prestar atenção às coisas de Deus e de querer melhorar nosso relacionamento com Deus por meio de Jesus Cristo.

Maria abre uma janela para que vejamos a realidade na qual ela já está presente e para a qual quer nos dirigir a todos. É sobre o céu e a vida eterna com Deus.

Quem o deseja, fortalece seu coração materno.

Flavio Gillio MS

Eusébio Kangupe MS

Karol Porczak MS

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segunda-feira, 03 maio 2021 14:30

Reflexão - Maio 2021

A mensagem de La Salette coloca em evidência o sonho de Deus

Maio 2021

Sonhando com o Filho e com a Mãe

Então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra’. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher” (Gn 1,26-27). No início do livro do Gênesis e da História da Salvação, encontramos o “sonho de Deus” para a humanidade.

Encontramos uma dinâmica narrativa semelhante no início do ministério público de Jesus. Na sinagoga de Nazaré, Jesus compartilha com a presente assembleia outro sonho, aquele do seu ministério público, aplicando a si mesmo o que foi lido pelo Profeta Isaías (Lc 4,14-30).

Do ponto de vista narrativo, tanto Deus quanto Jesus são personagens guiados por “objetivos” e “propósitos”. Mas detenhamo-nos brevemente na figura de Jesus: desde os primeiros momentos do seu ministério público, Jesus é caracterizado como um homem de objetivos (metas-orientadas). O episódio de Nazaré, uma vez inserido no contexto da macro narrativa de São Lucas, funciona como um texto programático. Esta é a “Carta Magna Apostólica” de Jesus. Neste episódio, de fato, são delineados os objetivos do ministério de Jesus, expressos através do imaginário e linguagem profética. Assim abordado, o episódio de Nazaré permite-nos refletir sobre a importância de termos “metas” e “objetivos no Espírito”, tanto na nossa vida religiosa como na nossa vida apostólica.

Primeiro: estabelecer a si mesmo “metas e propósitos no Espírito” é uma responsabilidade espiritual (veja, por exemplo, Fl 3,12-15). Podemos viver “por padrão” ou projetar criativamente nosso caminho de vida seguindo os impulsos do Espírito. Podemos viver estabelecendo “metas” e “objetivos” para nós mesmos, ou deixar que as circunstâncias decidam por nós o que fazer. É a diferença entre viver e existir, entre viver simplesmente reagindo às circunstâncias ou viver traçando nosso caminho de seguimento de Jesus de Nazaré.

Segundo: “objetivos e intenções no Espírito” são afirmações de fé. Dizem o que é importante e relevante para nós e, ao mesmo tempo, testificam nossa experiência de Deus e também nossa confiança Nele. Frequentemente, grandes “metas” e “propósitos” traem uma fé profunda, enquanto pequenas “resoluções” ou “metas” podem aludir a uma fé instável e superficial (ver Ef 3,20-21). Frequentemente, a medida de nossa fé em Deus decide a medida de nossos sonhos, “metas” ou “propósitos”.

Terceiro: ter, tanto na vida religiosa como apostólica, “metas e intenções no Espírito” evita o risco de perder o foco e a direção. Eles evitam o risco de correr incertos batendo no ar em vão (veja 1Cor 9,26).

Quarto: “metas e intenções no Espírito” nos motivam a persistir e perseverar.

Quinto: “metas e intenções no Espírito” edificam e moldam nosso caráter cristão. À medida que corremos em direção aos nossos “objetivos” e “propósitos”, também colaboramos com o Espírito na construção de nosso caráter como discípulos de Jesus de Nazaré (ver Fl 3,12).

Agora, como o Filho, a Mãe também tem um sonho. Um sonho que se torna missão para nós. As palavras finais do discurso da Bela Senhora de La Salette a Maximino e Melânia revelam o seu sonho: “Transmiti isso a todo o meu povo”. Um sonho “em andamento”. O sonho dela. Nossa “meta ou objetivo no Espírito”.

Chamados a identificar-se com Deus

“Então Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra”. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher” (Gn 1,26-27).

Deus sonhou com o homem e o criou à sua imagem e semelhança. E também por ter desobedecido, o homem tenha perdido a amizade divina, o pecado não destruiu totalmente esta relação, pois Deus sonhou com a restauração do gênero humano e, por isso, enviou seu Filho (Jo 3,16). O plano de enviar o Filho foi precedido por grandes figuras testadas na fidelidade, como Noé, Abraão, Moisés, Davi. Com eles, e especialmente depois de Moisés, Ele sonha em ter todo um povo profético; ele sonha com o dia em que poderá purificar o homem, trocar seu coração de pedra por um de carne, infundi-lo com o Espírito Santo. O sonho se torna realidade em seu Filho Jesus Cristo que expiou nossos pecados por meio de seu sangue derramado na cruz. Desta vez, Cristo, nossa paz, deu a Deus a oportunidade de se aproximar Dele novamente. O sonho se realiza no dia de Pentecostes com o envio do Espírito Santo que criará intimidade, relacionamento e um corpo cujos membros são todos aqueles que aceitam o convite para entrar no Reino inaugurado por Cristo.

O sonho de Deus se identifica com a vontade de Deus que deseja que “todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,4). Portanto, todo homem deve se aproximar de Cristo “o caminho da verdade e da vida”.

“Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade”. Neste convite, o mensageiro é o porta-voz de seu Filho amado. Não traz uma mensagem nova, tem por objetivo orientar-nos a colocar em prática os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. É justamente para lá que a mensagem de La Salette nos leva, ao sonho de Deus, no sentido de que busca tirar o homem da lama do materialismo, do secularismo e da indiferença em que se encontra imerso.

“Se se converterem, as pedras e rochedos se transformarão em montões de trigo!” Convertei-vos e crede no Evangelho (Mc 1,15) foi o grande apelo que Jesus fez ao mundo, e em sua aparição em La Salette e em outros lugares, Maria continua a repetir a mesma mensagem. A conversão do homem é a garantia da sua santificação e o primeiro passo para a harmonia do nosso planeta. O estado mental do homem influencia o universo a se voltar para Deus ou se desviar de seu Criador. O que assistimos hoje com a pandemia Covid-19 pode-nos ajudar a rever nossa posição diante de Deus.

A maneira como os mundanos tentaram administrar a situação dispensando Deus, testemunha, de agora em diante, a perplexidade do homem em avaliar as coisas do alto. Um exemplo concreto são as restrições que os fiéis têm para realizar seus cultos nas igrejas em um momento em que, paradoxalmente, a abertura de supermercados e vários tipos de eventos não encontraram obstáculos. Nesta situação de mundanismo, convém censurar o nosso silêncio, que se confunde com um certo conformismo. Pelo contrário, Nossa Senhora afirma fortemente o primado do espiritual, submetendo-se a Deus.

Somos destinados ao paraíso

No seu discurso, Jesus recordou: «Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia» (Jo 6,39). Este é o plano de ação de Deus em todos os tempos. Chamados à existência, com a nossa colaboração na concepção da nova geração, somos para Deus como “a menina dos seus olhos”. Ele se preocupa para que todo homem concebido na terra compartilhe a vida na eternidade com o Deus Único e Trino. No momento da concepção, o homem recebe um dom extraordinário: a dignidade de um potencial habitante do Céu com Deus e com os demais seres humanos.

Maria é a representante daquela sociedade que agora já terminou sua peregrinação terrena. Ela conhece bem todo o desígnio de Deus e vem mostrar-nos onde a dignidade da pessoa humana destinada ao Céu está ameaçada. Com a sua Mensagem, ele quer despertar em nós o desejo do Céu e a importância do encontro com o Seu Filho na Eucaristia, além de nos sensibilizar para o respeito por Aquele que por amor se doou a si mesmo.

Melânia e Maximino eram adolescentes simples, mas a história que vivenciaram no encontro com a Bela Senhora nada tinha a ver com a mentira ou com a manipulação. Eles registraram tudo perfeitamente: o vestido próprio de uma camponesa não ocultou a majestade celestial de Nossa Senhora; sua maneira de falar era tão extraordinária que até mesmo a língua estrangeira e a longa conversa com ela ficaram indelevelmente marcadas na memória dos videntes, pois sua fala era fortemente marcada por uma origem além do mundo, e sua voz, apesar de sua aflição, suscitou confiança e compaixão nos dois. As lágrimas de Maria comoveram visivelmente Melânia e Maximino, e cada vez que eles contavam esse acontecimento, eles notavam esse fato, por sua vez, despertando profunda emoção nos ouvintes; o próprio desaparecimento de Maria suscitou nas testemunhas do encontro com Ela, uma reflexão sobre o fato de que não lhe haviam pedido que os levasse consigo; embora não soubessem quem era a Senhora, queriam ir aonde Ela fosse, porque a impressão que a sua presença suscitou foi tão bela e beatificante.

Triste, mas também grande e necessária, foi a novidade trazida a todos nós naquela tarde de 19 de setembro de 1846. A Rainha do Céu e da Terra vem para libertar em nós a consciência de que somos para Deus: de que somos Seus filhos. A única predestinação ligada ao simples fato de ser homem é a do céu. Não há outra predestinação nos planos de Deus. Se este plano não leva o homem ao Céu, é só por culpa dele - porque o próprio homem não o quer!

A Mãe de Deus e a Mãe dos homens, gerando o Homem mais distinto da terra, Jesus Cristo, nos lembra que em Seu Filho somos todos irmãos. Desfrutamos da mesma dignidade que o Filho de Deus, porque Deus decidiu nos adaptar como Seus filhos de Sua divina eleição.

Embora Maria nos mostre antes nossas omissões em seguir o plano de Deus, quando refletimos sobre Sua Mensagem, surge em nós o desejo de prestar atenção às coisas de Deus e de querer melhorar nosso relacionamento com Deus por meio de Jesus Cristo.

Maria abre uma janela para que vejamos a realidade na qual ela já está presente e para a qual quer nos dirigir a todos. É sobre o céu e a vida eterna com Deus.

Quem o deseja, fortalece seu coração materno.

Flavio Gillio MS

Eusébio Kangupe MS

Karol Porczak MS

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Comisionados por Cristo

(La Ascensión, se celebra el Domingo en muchas Diócesis: Hechos 1:1-11; Efesios 4:1-13; Marcos 16:15-20.)

La conclusión del Evangelio de Marcos, que leemos hoy, parece combinar el relato de la Ascensión de Jesús que está en Lucas con el de Mateo en el que Jesús manda proclamar el Evangelio a todo el mundo.

La comisión ha sido dada. ¡Qué gran encargo, qué tremenda responsabilidad! Sin embargo, no tengan miedo, porque Cristo no nos alistó para el fracaso sino para un éxito seguro.

En la primera lectura, justo antes de la Ascensión, Jesús hizo una promesa: “recibirán la fuerza del Espíritu Santo que descenderá sobre ustedes, y serán mis testigos en Jerusalén... y hasta los confines de la tierra”.

En Marcos, Jesús les habló a sus apóstoles acerca de los signos que los acompañarían en sus ministerios, luego de lo cual fue apartado de su vista.

En La Salette, la Bella Señora prometió signos que ocurrirían, “si se convierten”. También entregó una comisión, comenzando con Melania y Maximino: “se lo dirán a todo mi pueblo”.

Luego al darse vuelta, repitió su mandato final, y ascendió volviendo al cielo. Ella vino a recordarnos de manera muy gentil, la obra que su Hijo había dejado para que la lleváramos a cabo, y luego ella se fue.

Esta fiesta se trata de más que un reconocimiento de que Cristo ascendió al lugar que le corresponde a la derecha de Dios. Se trata también de nosotros, el cuerpo de Cristo en la tierra, también deseosos de ascender, para estar con Cristo cabeza de la Iglesia. Necesitamos ponernos manos a la obra.

Tenemos las herramientas, especialmente los sacramentos. Tenemos el manual de instrucciones, es decir, las Escrituras y las enseñanzas de la Iglesia. Cada uno tiene su habilidad particular, su carisma y especialidad; tal como leemos en la segunda lectura: “Él comunicó a unos el don de ser apóstoles, a otros profetas, a otros predicadores del Evangelio, a otros pastores o maestros. Así organizó a los santos para la obra del ministerio, en orden a la edificación del Cuerpo de Cristo, hasta que todos lleguemos a la unidad de la fe”.

Rezamos: “Enciende, Señor, nuestros corazones con el deseo de la patria celestial, para que, siguiendo las huellas de nuestro Salvador, aspiremos a la meta donde él nos precedió” (Misa de la Vigilia). Como saletenses, también ansiamos ver a María allí.

Traducción: Hno. Moisés Rueda, M.S.

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segunda-feira, 19 abril 2021 10:26

Rosário - Maio 2021

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Amados y Elegidos

(6to Domingo de Pascua: Hechos 10:25-48; 1 Juan 4:7-10; Juan 15:9-17)

Jesús les dice a sus discípulos, “No son ustedes los que me eligieron a mí, sino yo el que los elegí a ustedes, y los destiné para que vayan y den fruto, y ese fruto sea duradero”. Ellos ya lo sabían, por supuesto, pero ahora, en las vísperas de su pasión, es un recordatorio importante. Las mismas palabras han resonado a lo largo de las edades, a cada generación de creyentes. También a cada uno de nosotros.

Maximino y Melania no eligieron a la Santísima Virgen. Fue ella quien los eligió. Comenzando con ellos, su mensaje, también ha producido un fruto duradero.

Esta elección no es exclusiva. En la primera lectura de hoy, San Pedro y sus compañeros en la casa de Cornelio,

“quedaron maravillados al ver que el Espíritu Santo era derramado también sobre los paganos. En efecto, los oían hablar diversas lenguas y proclamar la grandeza de Dios”. Ellos no podrían haber tenido una mejor confirmación de las palabras de Pedro, “Dios no hace acepción de personas”.

Por tanto, las palabras del Salmo de hoy son ciertas: “Los confines de la tierra han contemplado el triunfo de nuestro Dios”.

El Espíritu Santo vino como un don, trayendo dones a los que la Iglesia llama Carismas. El carisma de La Salette no es algo que elegimos por nuestra cuenta. Al contrario, este nos atrae hacia sí. Somos sus ministros, proclamando la reconciliación en todos los confines de la tierra.

Pero no nos olvidemos de las otras lecturas de hoy, todas en torno al amor. Cuando Jesús nos dice que nos amemos los unos a los otros, nos provee el fundamento y el modelo: “como yo los he amado”. Esto quiere decir en primer lugar que debemos creer que él nos ama, y aceptar su amor. Luego, debemos esforzarnos en imitarlo – un desafío que resuena en la segunda lectura.

Uno de los más hermosos poemas de la literatura comienza con estas palabras, “¿De qué modo te amo? Deja que cuente las formas”. Si escuchamos a Jesús con nuestro corazón, ¿podemos oírle contando las maneras en las que nos ama?

Como saletenses, quizá necesitemos solamente mirar el crucifijo sobre el corazón de la Bella Señora. En la santa montaña ella se apareció en un tiempo y lugar necesitados de un mensaje de amor y de ternura misericordiosa.

Entonces que nuestra oración sea la de aceptar el inacabable amor de Dios, y vivir por él, glorificando a Dios en palabra y obra, hablando en lenguas de Amor (con o sin palabras).

Traducción: Hno. Moisés Rueda, M.S.

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Fruto de la Vid o del Árbol

(5to Domingo de Pascua: Hechos 9:26-31; 1 Juan 3:18-24; Juan 15:1-8)

Jesús, tomando una imagen familiar para cualquier persona de su tiempo, se describe a sí mismo como la vid y a sus discípulos como los sarmientos en la viña del Padre. Para nosotros, él bien pudiera haber usado una metáfora diferente, una huerta de frutales, por ejemplo. Entonces habría dicho, “yo soy el árbol”.

Todo lo demás sería lo mismo: “El sarmiento no puede dar fruto si no permanece en la vid... El que permanece en mí, y yo en él, da mucho fruto”. Los sarmientos buenos se podan y los viciosos se descartan.

El Padre, que cuida de la vid, también cuida del árbol. Él sabe que ciertos brotes crecen rápido pero nunca darán fruto, y si se les permite crecer simplemente succionarán la savia del resto. Él también sabe lo que se necesita para incentivar un crecimiento saludable, y para producir los mejores y más abundantes frutos.

Jesús casi parece estar suplicando a sus discípulos cuando les dice, “Permanezcan en mí, como yo permanezco en ustedes”. Él se preocupa por ellos. En La Salette, una Bella Señora con tristeza observó que algunos cristianos ya no mostraban interés por aquel llamado del Señor.

Utilizando el propio lenguaje de María acerca del trigo arruinado y las papas podridas, podemos decir que ella encontró que la vid o el árbol estaban muy necesitados de poda y cuidado, llenos de plaga, y cubiertos de inútiles brotes de apatía espiritual. Por lo tanto, ella viene con el remedio, la medicina necesaria cuando nos ofrece la oportunidad de la conversión y la reconciliación, para que nosotros, los sarmientos, podamos volver a producir frutos una vez más.

Hay otra manera en que La Salette es un ejemplo de lo que la verdadera conversión puede hacer para que se produzcan buenos frutos. Veamos los esfuerzos misioneros que las comunidades religiosas y los movimientos laicales han desarrollado en torno a la Aparición. Por medio de ellos, muchas personas y países han recibido la “gran noticia” de María; La misión ha desembocado en abundantes frutos de reconciliación.

Si podemos, por un momento, dar relevancia a la metáfora del árbol, podemos pensar en frutos inesperados, que el cultivador no descarta. Podríamos aplicar esto a personas marginadas que deben ser incluidas en nuestra misión; como San Juan dice en la segunda lectura: “No amemos solamente con la lengua y de palabra, sino con obras y de verdad”.

Traducción: Hno. Moisés Rueda, M.S.

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quarta-feira, 07 abril 2021 10:36

NOVO: Rosário - Abril 2021

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El Señor es mi…

(4to Domingo de Pascua: Hechos 4:8-12; 1 Juan 3:1-2; Juan 10:11-18)

La mayoría de nosotros, si se nos pidiera terminar la frase del título, diríamos: Pastor. Pudiera sorprendernos el hecho de que hoy, a menudo llamado “Domingo del Buen Pastor”, no tengamos el Salmo veintitrés como nuestro responsorial.

Sin embargo, mientras el Evangelio se enfoca sobre Jesús como el buen Pastor, las otras lecturas y el Salmo proveen otras imágenes o títulos.

Por ejemplo, Jesús es la piedra rechazada. San Pedro, continuando su discurso, el que había comenzado la semana pasada, aplica el Salmo 118 al pueblo reunido en torno a él en el Templo: “la piedra que ustedes, los constructores, han rechazado”, reflejando la relación hostil de parte de algunos del pueblo y de sus líderes.

En La Salette, la Santísima Virgen dio ejemplos de cómo su pueblo había rechazado a su Hijo. ¿Hemos sido nosotros, personalmente, merecedores de sus reproches? Al contemplar el crucifijo sobre su pecho, ¿escuchamos las palabras de San Pedro, hablando de “Jesucristo de Nazaret, al que ustedes crucificaron”? Si es así, acerquémonos al Señor con humilde arrepentimiento.

Jesús es la piedra angular, el cimiento de nuestra fe y de la fe de la Iglesia. Esta imagen es muy cercana a lo que encontramos en el Salmo 18, donde David llama al Señor “mi fuerza, mi Roca, mi fortaleza y mi libertador”. Henos aquí, frente a nuestro Dios en una relación de confianza.

Ocurre lo mismo con el Buen Pastor, por supuesto, aunque a veces el orgullo nos tienta querer caminar por nuestra cuenta y resulta que nos encontramos andando la senda del pecado por nosotros mismos. Ya que queremos que el Pastor nunca nos abandone – hay que recordar las palabras de María, “Si quiero que mi Hijo no los abandone” ¿por qué entonces nosotros lo abandonaríamos? Necesitamos que nos guíe, que nos nutra (especialmente en la Eucaristía), que nos proteja.

Piedra rechazada, Piedra Angular, Buen Pastor: vemos que no son sólo nombres sino relaciones con Dios Hijo.

Algunos podrán decir, “El Señor es mi amigo”, no como un igual, por supuesto, sino como aquel que verdaderamente se interesa por nosotros. Eso forma parte del mensaje de La Salette.

Pensémoslo. ¿Quién es Jesús para ti? ¿Quién eres tú para él? Más importante aún. ¿Sientes cuán profundamente eres amado? Y ¿respondes de la misma manera?

Traducción: Hno. Moisés Rueda, M.S.

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segunda-feira, 29 março 2021 10:06

Carta - Páscoa 2021

Páscoa 2021

 “Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Cor 15, 3-4)

"Se se converterem ..." (Maria em La Salette)

Queridos irmãos,

Como já no ano passado, também neste ano, as saudações pascais do Conselho geral e as minhas pessoais, chegam a vós nas vossas comunidades e nos locais de trabalho pastoral, enquanto a pandemia do coronavírus parece não cessar. Pelo contrário, continua a assolar-se com mais ou menos intensidade em todo o mundo, semeando ao seu redor o medo e a incerteza no futuro e colocando em dura prova o sistema de saúde, o sistema social e econômico de cada um de nossos países.

De diferentes maneiras, todos nos sentimos envolvidos neste fenômeno que está mudando nossa forma de conceber e de ver o mundo, a sociedade, as relações interpessoais e a própria vida. Na verdade, estamos vivendo uma verdadeira revolução “copernicana” em relação aos valores em torno dos quais somos chamados a construir o futuro próximo, o nosso e o do mundo, na esperança de que seja melhor que o presente. Da centralidade do fazer e da eficiência se está passando justamente para a centralidade da pessoa com os seus direitos a serem respeitados e os deveres a cumprir.

Consequentemente, a vida religiosa também não está totalmente isenta dessa mudança de época que está ocorrendo. Longe do rítmo de vida frenética que caracterizou o nosso ser religioso e sacerdotal, repentinamente limitado nas nossas viagens e ministérios, descobrimos, ao longo deste ano, como são importantes as relações interpessoais feitas sobretudo por pequenos gestos de acolhimento e escuta do outro, de mútua atenção e serviço, de generosa gratuidade e de tempo partilhado. Também experimentámos, junto com o cansaço de viver a fé em comunidade ... também a beleza do gosto redescoberto pela vida da oração pessoal e comunitária acompanhada pelo esforço de "aggiornamento" do modo de estar presente ao povo de Deus confiado aos nossos cuidados pastorais.

Espero que esta experiência, não desejada, mas imposta com violência e sem avisar pelas diversas circunstancias que conhecemos, se transforme num “Kairós”, num tempo favorável e de graça para todos nós e nos ajude a voltar ao jogo e continuar o caminho com responsabilidade, determinação, entusiasmo e destemor, renovando profundamente o nosso modo de viver a fidelidade ao seguimento do Senhor à luz da mensagem da Virgem em prantos de La Salette.

Será uma oportunidade perdida se, passada esta "tempestade pandémica", as coisas voltarem como antes na nossa vida religiosa pessoal e comunitária e também na pastoral, sem deixar vestígios da sua passagem e dos estímulos que surgiram e foram promovidos por esta. O Papa Francisco afirmou que desta pandemia ou se sai melhor ou se sai pior ... e em qualquer caso nunca como antes. Não há meio termo. Se isso é verdade para todos, deve ser muito mais verdade para nós, religiosos saletinos.

Com toda a Igreja, também nós seremos chamados a renovar a nossa linguagem «religiosa», que muitas vezes parece gasta e ultrapassada, feita de palavras abstratas e vazias e, portanto, incapazes de comunicar com frescor a riqueza do Evangelho e o alegre testemunho da nossa vida religiosa para o mundo de hoje. É um desafio que nos provoca a todos pessoalmente e do qual nenhum de nós pode escapar facilmente.

Dessa experiência incomum e em muitos aspectos dolorosa, devemos sair renovados e encorajados em todos os níveis. É o desejo que expresso para todos e por cada um de nós.

Não há Páscoa de Ressurreição sem a passagem estreita do sofrimento, do grito de abandono e da morte experimentada na Sexta-Feira Santa. Só assim a Páscoa se torna a celebração por excelência da esperança que não engana e da explosão de uma vida nova oferecida a todos e inaugurada por Cristo ressuscitado.

Todos sabemos que a mensagem de La Salette é essencialmente uma mensagem pascal, certamente composta por fortes apelos à conversão, ao empenho pessoal, à revisão e à renovação das relações com Deus e com a Igreja, mas também promessas de uma vida iluminada e purificada em plenitude, daquela luz deslumbrante que emana de Cristo crucificado e glorioso ao mesmo tempo, pendurado no peito da Bela Senhora. Por isso também nós, juntamente com São Paulo, podemos afirmar com força e em voz alta: "Cristo ressuscitado é a nossa esperança" (1 Cor, 15)

O mistério pascal, de morte e ressurreição, de sofrimento e de renascimento, acompanha também este ano as duas missões saletinas na terra da África e na Região de Mianmar.

Em Moçambique a situação não parece ter melhorado em comparação com o que foi relatado na carta de Natal. Na verdade, continua a ser crítica e parece ter escapado ao controle das forças de ordem local e nacional. Recentemente, algumas agências de jornais divulgaram as notícias de crimes hediondos perpetrados contra crianças na região de Cabo Delgado, que está nas mãos de grupos jihadistas sem escrúpulos. Atualmente, o P. Edegard trabalha na cidade de Pemba como assistente e acompanhante dos numerosos refugiados da paróquia de Nangololo e não só. Em estreita colaboração com as províncias do Brasil e da Angola, o CG está planejando reestruturar a comunidade o mais rápido possível e reorganizar sua presença pastoral na diocese. Esta, após a recente transferência de Dom Luiz para outra sede (Brasil), é conduzida por um administrador apostólico na pessoa de Dom Juliasse, bispo auxiliar de Maputo. Enquanto esperamos pelo novo bispo, com quem poderemos discutir o futuro da presença Saletina na região, trazemos constantemente esta comunidade e seu futuro desenvolvimento, bem como as pessoas perseguidas a que serve em nossas orações.

Na Tanzânia, muito se está trabalhando na compra de uma casa e de um terreno adjacente para a inauguração de um primeiro centro de animação vocacional e de formação para os jovens que desejam fazer parte de nossa família religiosa. O desejo do CG, apoiado pela comunidade de Rutete, é iniciar o caminho formativo no corrente Ano Mariano ou o mais tardar no início de 2022. Coloco com grande confiança este projeto sob a proteção da Bela Senhora de La Salette, nossa Mãe e Padroeira e ao mesmo tempo, o confio à atenção e à oração de toda a Congregação.

Em nome da Congregação, desejo expressar sentimentos de proximidade espiritual e solidariedade aos nossos confrades da jovem Região de Mianmar, que estão vivendo um momento de grande perplexidade e forte preocupação com o destino do processo democrático do país, abruptamente interrompido pelo recente golpe militar (1 ° de fevereiro). Esperamos que o estado de guerra instaurado pelos militares, que causou o compreensível levante popular e infelizmente a morte de tantos inocentes, acabe o mais rápido possível e que a justiça e o respeito pelas regras democráticas devidamente restabelecidas prevaleçam sobre o ódio e as divisões presentes no país agora. Neste contexto de incertezas e temores pelo futuro próximo, as quatro novas ordenações sacerdotais que aconteceram no dia 19 de março, festa de São José, são um grande sinal de esperança confiante para o país, a Região e a Congregação. Agradecemos ao Senhor pelo dom de suas vocações. Iluminados e guiados pelo nosso carisma, certamente se empenharão em promover caminhos de reconciliação no país, sedentos de paz e de justiça, com a palavra e sobretudo com o testemunho de vida.

Que esta Santa Páscoa, com a sua carga avassaladora de luz e de vida nova, nos guie cada vez mais a incorporar a nossa existência de homens e religiosos na de Cristo ressuscitado e a deixar-nos comunicar a vida plenamente pelo seu Espírito.

Além disso, a Ressurreição de Cristo estimula-nos a dar razão sempre e sem medo daquela fé e daquela esperança que deve animar em todo o lado e em todo o modo a nossa vida de cristãos e religiosos.

Aos irmãos idosos ou sofredores, aos que estão imersos na pastoral, aos jovens religiosos, aos noviços e aos jovens em formação, bem como às Irmãs de La Salette e aos numerosos Leigos Saletinos que, animados pelo carisma da reconciliação, trabalham conosco no campo da evangelização e da caridade vão, também em nome do Conselho geral, os mais belos e cristãos votos de

Feliz e Santa Páscoa da Ressurreição!

Fraternalmente,

P. Silvano Marisa MS

Superior Geral

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